Ter uma empresa inteligente ou o que denominamos por aqui de Smart Company, parece ser algo imprescindível para os nossos dias.
Creio que você já ouviu alguém dizer isso, não é mesmo?
Mas, por que sempre estamos tentando buscar a melhor tecnologia, a melhor forma de motivar as pessoas, a última tendência em gestão empresarial?
Olá Caríssimos(as) Líderes Inteligentes!
Um prazer renovado a cada dia poder estar com vocês. Não obstante seja uma responsabilidade grande poder falar para pessoas tão relevantes.
Hoje, a ideia é falarmos sobre ter uma empresa inteligente, ou não. De fato, necessitamos ancorar o desenvolvimento das nossas empresas nas pessoas?
Aliás, como seria as empresas sem as pessoas? Não seriam empresas muito mais ordenadas e produtivas?
Certamente não teríamos problemas de relacionamentos e de atingimento de metas, desde que a manutenção esteja em dia. [hihihi]
Então, de fato, o problema não são as pessoas?
Vamos refletir sobre isso, baseados no Evangelho – Lc 13,22-30.
Aliás, o qual embasa a festa onde a Igreja Católica lembra de Todos os Santos, os reconhecidos formalmente e os não reconhecidos.
Quero ter uma empresa inteligente, não investir em pessoas.
Como já dissemos algumas vezes, tanto aqui não espaço Homines Formatam, quanto em outras publicações da Conducere, ter uma empresa inteligente não é necessariamente uma escolha no século XXI.
Explico …
Vivemos uma Era sem precedentes na história da humanidade, onde a velocidade e a complexidade das mudanças é algo muito relevante. Não podemos ignorar tal fator.
Assim, para que a sua organização consiga minimamente sobreviver a esta Era, faz-se necessário que tenha a capacidade de adaptação. Tem tal capacidade quem tem uma empresa inteligente.
Ocorre que temos um pequeno porém aí. Como diria Cristo, fazendo um paralelo ao trecho do Evangelho de hoje, temos que passar pela porta estreita.
Isso quer dizer que ser uma empresa inteligente não é necessariamente para qualquer um.
De fato, querendo nós ou não, dependemos de pessoas. Seja para nos ajudar a planejar, tocar o dia a dia da empresa, vender ou mesmo comprar nossos produtos ou serviços.
Mas qual é o problema nisso?
Ao dependermos das pessoas, temos que admitir as suas falhas, limitações, desvios de foco e objetivos, dentre outras coisas.
Eis o grande problema. Investir em pessoas é algo incerto e duvidoso. Não temos absoluta convicção de que podemos confiar nas pessoas nas quais estamos investindo.
Não é à toa que muitas organizações, independentemente do seu porte ou área de atuação, preferem investir em tecnologia em detrimento das pessoas.
Será possível ter uma empresa inteligente sem passar pela porta estreita?
Devo concordar com você que parece um absurdo falarmos em uma empresa inteligente sem contar com as pessoas.
Contudo, você, como Líder, nunca pensou que seria muito mais fácil trabalhar com robôs exclusivamente do que com as pessoas do seu time?
Não sejamos hipócritas. Devemos admitir que a porta larga, o caminho muito mais fácil, para todos para ser o de prescindir das pessoas e focar somente na tecnologia.
Contudo, vem o primeiro problema: somos seres sociais por natureza. Nosso íntimo humano pede a socialização, o contato com outras pessoas.
Você acha que não? Dá uma olhada, por gentileza, no filme O Náufrago, com o Tom Hanks, que você vai entender o que estou dizendo.
Depois disso, vem o segundo problema: a criação do conhecimento organizacional só acontece com a participação humana.
Esta, ao menos por enquanto, é a teoria que dominante na ciência da Administração. Ela foi cunhada pelos japoneses Nonaka e Takeuchi, em meados dos anos 1990.
Por fim, vem o terceiro problema. Segundo os estudos de Peter Senge, autor da famosa obra A Quinta Disciplina, para termos organizações que aprendem (Learning Organizations), necessitamos de pessoas.
Aí complicou! Quer dizer que não podemos prescindir das pessoas para ter uma empresa inteligente?
O único jeito é realmente passar pela porta estreita, admitindo que as pessoas são limitadas, mas que tem capacidade de desenvolvimento contínuo.
Muitos empresários que consideram ter uma empresa inteligente levarão suas empresas à falência!
Esta não é uma visão apocalíptica do mundo corporativo. Apenas uma constatação.
Mais ou menos o que Cristo falou para os de sua época: “Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão.” (Lc 13,24)
OK! Você pode dizer: de onde você está tirando isso se não tem uma bola de cristal ou o poder da clarividência do futuro?
A questão é muito simples. Vejam que coisa mais insana.
Quanto, na sua empresa, investe-se em tecnologia, em propaganda, na área de vendas etc.?
Comparem com o que se investe para criar e promover o conhecimento, aprender a aprender, inovar de forma sustentável e contínua.
Quanto se investe para capacitar as pessoas, de verdade, não colocando elas em “circos motivacionais”?
Onde você acha que muitas empresas vão parar caso não equilibrem esta equação?
Não estou dizendo, de forma alguma, também seria uma insanidade, que você deve prescindir dos investimentos em tecnologia, propaganda, vendas, engenharia etc.
O fato é agir como um(a) Líder Inteligente e equilibrar a equação, conforme já refletimos.
Como nós podemos lhe ajudar a ter uma empresa mais inteligente
Estamos num período do ano muito propício para falar de planejamento. Seja ele estratégico, tático ou operacional.
Por isso mesmo, nós pensamos numa plano para você e a sua empresa. Na verdade, um plano para você, seu time e sua empresa.
Quero lhe convidar a conhecer o nosso Programa INNOVARE. Uma forma que encontramos para começar a lhe ajudar a:
- Administrar o seu conhecimento organizacional, de forma adequada.
2. Construir uma cultura onde predomina a dialética.
3. Fazer com que as pessoas da sua empresa estejam envoltas com tecnologias ativas e inovadoras para o seu processo de desenvolvimento.
Ah, caso queira ampliar a sua reflexão sobre uma empresa inteligente, pessoas e sua correlação, sugiro que possa investir alguns minutos para ler estes posts:
Investir em aprendizagem hoje, para inovar em 2018!
Capital intelectual e as pessoas são o nosso maior patrimônio. Isso vale para tempos de crise?
Como ajudar seu time a criar conhecimento – Análise Artigo Harvard Business Review
Bem, acho que já temos bastante coisa para refletirmos, não lhe parece?
Então, até a próxima oportunidade, Pessoal!
Fiquem com Deus, em Paz!
Créditos:
Texto: Jocelito André Salvador
Imagem em destaque: Freepik.com