O que é o mundo?
Quando você, Líder, pensa em mundo, o que lhe vem à mente?
A ideia aqui não é filosofar ou buscar conceitos abstratos, mas sim entender a dimensão que esta palavra tem.
Ao verificar “mundo” no dicionário, há catorze significados. Dentre eles, escolhemos o seguinte:
O conjunto de espaço, corpos e seres que a vista humana pode abranger. (MICHAELIS, 2017).
Perceba que além da totalidade, do Universo e de toda a criatura, podemos entender que é o quanto podemos ver.
Então, Líder, qual é o tamanho do seu mundo?
Você concorda em reduzirmos ao tamanho da vida e das relações diárias, para melhor conduzirmos esta reflexão? Todavia, esta redução, de forma alguma, tornará a ideia simplória, combinado?
Nossa formação, escolhas e atribuições
Não fomos feitos para sermos seres isolados dos demais. O homem desde a concepção é um ser social, portanto, carece do convívio com os demais.
Neste sentido, recentemente no canal do Twitter da Science, eles postaram a seguinte imagem, que gostaríamos de compartilhar com vocês:
Brincadeiras à parte, é importante lembrarmos como chegamos até este momento.
Fomos formados pela família, escola, amigos, universidade, empresa e demais pessoas com quem convivemos.
Todos trazemos arraigados certezas, frustrações, convicções e atitudes. Cada pessoa é única e traz consigo uma carga de informações, aprendizagens, desejos e perspectivas.
Este, em uma menor escala, é o mundo de cada um, você concorda? É até onde você consegue alcançar com a mente e os olhos.
O que Jesus nos ensina sobre o mundo
Jesus não perdia a oportunidade de fazer com que os discípulos aumentassem o seu entendimento de mundo.
O povo judeu sempre foi muito fiel às escrituras e à sua tradição. Eles tinham regras muito rígidas que cumpriam nos pormenores, para não “inflamar a ira de Deus”.
Jesus questiona isso, apesar de sempre afirmar que “não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas. Não vim revogá-los, mas dar-lhes pleno cumprimento.” (Mt 5,17).
No Evangelho de hoje (Mt 19,3-12), Ele nos ajuda mais uma vez. Os fariseus, que eram os legisladores da época, foram questionar Jesus sobre o divórcio. Afinal, havia uma lei de Moisés que permitia tal situação.
Alguns dos fariseus, não todos, como por exemplo Nicodemos, José de Arimatéia, e o nosso querido São Paulo, perguntavam essas coisas para Jesus com a intenção de condená-lo, não de aprender e refletir.
No seu mundo, Líder Inteligente, essas coisas acontecem? Alguém que lhe faz uma pergunta, para lhe testar, ver como vai responder, apenas com a intenção de lhe prejudicar?
No Homines Formatam de ontem, evidenciamos a questão da coerência. Talvez, esteja faltando um pouco de coerência, bom senso e equilíbrio.
Por exemplo, essa questão do divórcio. Nós, Católicos, temos o entendimento sobre o Sacramento do matrimônio. Portanto, não podemos ser favoráveis ao divórcio. Entretanto, existem algumas condições, expressas no Direito Canônico que permitem torná-lo nulo. Pois, a Igreja entende que não há como haver a sacralidade do casal, acontecendo determinadas situações.
Ocorre que, o próprio Papa Francisco chamou a atenção dos fiéis em aceitar os divorciados, pois em algumas localidades, por eles estarem “em pecado”, não podiam nem participar das Missas. Todavia, alguns já distorceram totalmente o discurso dizendo que o Papa era favorável ao divórcio.
Cuidado para não imaginar que o mundo é o seu mundo
O Jocelito A. Salvador trouxe para nós a diferença entre radical e sectário. Às vezes, estamos tão imersos no nosso orgulho e convicções, que imaginamos que o mundo orbita em nosso redor.
Muitas correntes ideológicas afirmam e preparam as pessoas a entender que tudo depende unicamente delas, do seu empenho, da sua atitude. Isso não é nem de longe cristão e muito menos Católico.
Ao pensar que você se basta, há uma negação de Deus e na ajuda para com os outros.
Veja como, inconscientemente, quando reprogramamos nosso cérebro a pensar dessa forma, ele entende a lógica da cena:
- Alguém da minha equipe não está desempenhando suas tarefas como devia. Por consequência, não estou atingindo minhas metas e isso está me prejudicando. Logo, essa pessoa deve ser substituída por outra.
Em uma maior escala, essa forma de enxergar o mundo, promove as guerras, as corrupções, os atentados, as disputas, o fechamento das empresas e a desestruturação da sociedade.
Pensamos dessa forma também, quando aceitamos que não adianta investir nas pessoas, na sua aprendizagem, pois ela poderá ir embora e levar consigo todo o conhecimento construído. Como se isso fosse possível!
Que Deus nos ajude a assim como nos mostram os Santos, entendermos que todos fazemos parte do mesmo ecossistema e que as ações de um, direta ou indiretamente influenciarão as dos outros. Não pensem na teoria do caos, mas sim como uma grande corrente onde um elo fraco pode comprometer o todo.
Conducere Indica
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Créditos
Texto: Valeska S. Fontana Salvador
Imagem em destaque no Blog: Freepik.com