Olá Povo Abençoado de Deus!
Sempre um grande prazer, realmente, poder contar com a sua audiência, pois este é o motivo pelo qual criamos este espaço de reflexão focado para Líderes do Século XXI.
Hoje, vamos tratar sobre a sua missão, vocação, de líder e a responsabilidade que isso traz em, ao menos, não barrar o desenvolvimento dos talentos do seu time. Assim como, aqueles que se relacionam indiretamente com você.
Quero basear a nossa reflexão “teórica” nos seguintes textos: Carta de São Paulo aos Efésios 4,1-7.11-13 e Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 9,9-13.
Convido você a acessar estes textos, caso seja possível, diretamente da sua Bíblia, pois assim você consegue buscar diretamente da fonte.
Qual a sua missão enquanto líder?
Essa é fácil de responder, não é mesmo?
Afinal, quantos artigos e livros você já leu, quantas palestras, workshops e outros eventos já participou, que tratavam exatamente, ou quase, deste assunto.
De qualquer forma, você já analisou sua missão enquanto líder, vocação, pelo seguinte viés?
…vos exorto a caminhardes de acordo com a vocação que recebestes:
Com toda a humildade e mansidão, suportai-vos uns aos outros com paciência, no amor.” (Ef 4,1s)
Você pode dizer: eu procuro seguir a minha missão enquanto líder. Sempre estou atento às metas e aos objetivos estratégicos da empresa e fazemos de tudo para sermos melhores a cada dia.
Perfeito!
O complicado mesmo é o suportai-vos uns aos outros com paciência, no amor, você não acha?
Pois aí reside uma das maiores qualidades de qualquer Líder Inteligente, ou seja, consegue estar focado nas metas e objetivos estratégicos e não descuidar das pessoas do time.
Consegue ver cada pessoa, sem deixar de ver o time de forma sistêmica. Isso é como você ter a capacidade de ver a floresta, sem perder a perspectiva de cada árvore, que, inevitavelmente, é diferente uma da outra.
Mas, o que é permitir que os talentos se desenvolvam?
Outra coisa que praticamente se transformou num clichê no mundo corporativo: você deve focar muito no desenvolvimento dos mais talentosos ou dos high potential, ou seja, aqueles jovens, ou velhos, gênios arrogantes, que se consideram superiores a todas as demais pessoas da Terra.
Com um certo grau de exagero, não é exatamente isso que você percebe no seu dia a dia?
Há, de tempos em tempos, a “unção” de determinados grupos ou perfis de pessoas que passam a ser considerados os salvadores do mundo corporativo.
Neste sentido, será seu papel reconhecer os high potential da sua equipe, tratá-los com pompa e circunstância e colocar as demais pessoas da equipe a servi-los?
Claramente, não estou defendo aqui que todos nós temos os mesmos talentos e competências desenvolvidas. Muito menos que em determinadas circunstâncias da vida da organização, alguns perfis de pessoas se sobressaem mais que os outros.
De qualquer forma, não esqueça do ditado: o mundo gira e quem está hoje “por cima”, pode não estar na mesma condição amanhã.
Por isso mesmo, creio fazer muito sentido ter sempre em mente o conselho de Paulo às Efésios e que serve muito bem para nós, Líderes Inteligentes, do século XXI:
…vos exorto a caminhardes de acordo com a vocação que recebestes:
Com toda a humildade e mansidão, suportai-vos uns aos outros com paciência, no amor.” (Ef 4,1s)
Assim, a ideia é simples, você deve conseguir, minimamente, reconhecer o talento individual, sem esquecer de olhar sistemicamente e muito menos atrapalhar o desenvolvimento do time como um todo.
Gerir o conhecimento das pessoas ou incentivar a sua criação?
Esta também é uma questão bastante interessante, pois, no Brasil, reconhecemos muito mais a ideia de Gestão do Conhecimento do que Incentivo à Criação do Conhecimento.
Parece que o nosso mindset está tão programado a controlar as ações das pessoas do time, que nada natural do que gerir o seu conhecimento, já que “pagamos o seu salário” ou mesmo “pagamos a sua formação”.
Será mesmo que aquele conhecimento tácito, de difícil expressão, que pode ser traduzido mesmo que não completamente pela ideia de know-how, é fruto de uma “formação” recebida na sua organização?
Por mais que a pessoa tenha trabalhado por 30 anos na sua empresa, você tenha pago toda a sua formação acadêmica, técnica e comportamental. Mesmo assim, o conhecimento tático dela não pertence à organização e sim à pessoa.
Então quer dizer que não temos Conhecimento Organizacional e somente Pessoal?
Claro que não é este o fator.
A grande sacada aqui é fazer com que haja criação constante de conhecimento organizacional, que pode ser representado, graficamente, desta forma:
Perceba que o conhecimento tem que transitar entre o tácito e o explícito e, ao mesmo tempo, entre indivíduo, grupo, organização e ambiente.
Então, qual é o seu papel?
Fazer com que este trânsito ocorra de forma natural e com o mínimo de barreiras possíveis.
Ah, nós falamos sobre isso no Talk Show Intelligent Leadership: aprendizagem, conhecimento e inovação.
Pessoal, espero que este momento breve de reflexão tenha ajudado vocês a avaliarem suas ações, pois todo grande Líder é uma grande pessoa.
Sendo assim, uma grande pessoa, sem dúvida, é aquela que incentiva o crescimento do time e não o contrário.
Fiquem com Deus e até a próxima oportunidade!
Conducere Indica
Além do Talk Show, caso você queira conhecer mais sobre a criação do conhecimento e as dimensões da liderança inteligente, sugerimos as seguintes leituras:
Criação e promoção do conhecimento: reveja suas estratégias!
As cinco dimensões da Liderança Inteligente
Créditos
Texto: Jocelito André Salvador
Imagem em destaque no Blog: Freepik.com
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