O que a Olimpíada 2016 nos ensina sobre Educação Corporativa?

Como o quadro de medalhas das Olimpíadas 2016 ajudam a demonstrar a importância da educação corporativa?

Os jogos olímpicos deste ano recém terminaram, deixaram saudades para muitos, e sem dúvida muitas lições aprendidas, mesmo para quem não tem, ou não quer ter, nenhuma relação com as práticas esportivas.

educação corporativa e as olimpíadas 2016Vamos a alguns fatos:

  1. Os EUA conquistaram 120 medalhas. Destas, 45 de ouro, conquistando o primeiro lugar no quadro geral de medalhas.
  1. A Grã-Bretanha terminou em segundo lugar no quadro geral de medalhas. Conquistou a expressiva marca de 67 medalhas, das quais 27 são de ouro.
  1. O Brasil teve a melhor participação na história dos jogos olímpicos! Obteve 19 medalhas, sendo 07 de ouro.

Mas, quais são as semelhanças, excluídas as grandes diferenças, entre estas 03 grandes nações?

Todas estão apostando num processo organizado de formação de atletas, há mais ou menos tempo, dependendo de cada caso.

Os EUA é o país que investe há mais tempo e por isso tem resultados claros e inequívocos. A cultura do esporte de competição, em especial o individual, está muito presente na vida da maior parte das pessoas, ou ao menos há um processo claro de formação, acompanhamento e geração de super atletas.

Já no caso da Grã-Bretanha o investimento maior começou após o seu grande fracasso na Olimpíada de Atlanta, em 1996, ou seja, há 20 anos, onde seus atletas conquistaram apenas uma medalha de ouro. Estima-se que o investimento nestes anos tenha sido bilionário.

Por fim, o que levou o Brasil ao 13º. lugar no ranking geral de medalhas dos jogos olímpicos 2016?

Percebamos, inicialmente, que das 19 medalhas conquistadas nesta edição dos jogos, 13 foram conquistadas por atletas ligados às Forças Armadas.

Será isso uma mera coincidência?

Não que necessariamente as Forças Armadas tenham disponibilizado seus centros de treinamento, treinadores etc. para estes atletas.

Contudo, há um programa instituído pelo Ministério da Defesa do Brasil, do qual as Forças Armadas fazem parte, para atletas de alto rendimento. Neste programa, o governo auxilia financeiramente os atletas, além de fazer um acompanhamento médico e odontológico. Ainda, há metas a serem atingidas para que estas pessoas mantenham-se em tal programa. Além disso, eles podem utilizar as dependências do Exército, da Marinha e da Aeronáutica para realizarem seus treinamentos.

Pois bem, mas o que isso tem a ver com a educação corporativa?

Eu, sinceramente, diria: TUDO!

Na maior parte das empresas brasileiras, em especial nas PMEs (Pequenas e Médias Empresas), ainda vemos investimentos em educação, treinamento, desenvolvimento etc. acontecendo de forma bastante aleatória e sem bases efetivamente consistentes.

Por isso, a exemplo de nações olímpicas vencedoras, como começa ser o caso do Brasil, nada mais lógico e inteligente do que investir num Sistema de Educação Corporativa.

Mas o que é mesmo um Sistema de Educação Corporativa?

Podemos dizer que é um conjunto organizado de elementos distintos, que se complementam (sistema), o qual visa atingir um processo estruturado e coordenado de gestão de pessoas e do conhecimento organizacional (educação corporativa).

Contudo, eu já tenho um departamento de T&D (Treinamento e Desenvolvimento), para que preciso de um Sistema de Educação Corporativa?

Para responder esta questão veja a tabela abaixo e você compreenderá mais facilmente.

sociedade-do-conhecimento

A pergunta que você pode fazer agora é: eu preciso mesmo ter uma universidade corporativa na minha organização?

A resposta é: não necessariamente. O fato é que você precisa de um processo organizado que possa reconhecer o que é efetivamente essencial para a sua organização se diferenciar no mercado. Isso quer dizer, que se deve focar em quais são as suas competências essenciais (core competences) instaladas ou que precisam ser desenvolvidas e mirar nelas.

A partir daí, você começa a ter um sistema organizado e inteligente, pois você está mirando no que é essencial para você e a sua empresa. Você estará mirando nas suas “super competências” e não em “qualquer competência”.

Isso parece extremamente relevante ao passo que, a não ser você uma rara exceção, seus recursos (humanos, de tempo, financeiros etc.) são limitados e não faz muito sentido atirar para todos os lados sem ter um alvo muito claro. Não lhe parece?

Bem, por hora é isso, a gente ainda vai continuar este papo e por isso aguardo suas contribuições sobre este tema.

Abraços.