Será que são as pessoas que não aprendem ou serão os nossos métodos de aprendizagem inadequados para educá-las?
Olá Povo de Deus!
Prazer, renovado a cada dia, poder estar com vocês, mesmo que seja por um breve instante de reflexão, que temos neste espaço.
Sabem que hoje, ao meditar sobre a passagem do Evangelho segundo Lucas 9,51-56, um pequeno trecho me chamou muito a atenção. Ele me fez lembrar de situações que muitas vezes ocorrem com os líderes como nós.
Ceio que não é o seu caso, certamente, mas vale a pena avaliar:
“Vendo isso, os discípulos Tiago e João disseram:
‘Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para destruí-los?“
Vai me dizer que em algum momento da sua vida, você já não teve vontade de agir exatamente como Tiago e João?
Estou me referindo especialmente àquelas situações que você diz: mas esta pessoa realmente não aprende!!!
Contudo, é exatamente a partir deste aspecto que desejo refletir com você, hoje.
Então, vamos lá?
Você utiliza os mesmos métodos de aprendizagem para todas as pessoas e não colhe os resultados esperados?
Esta questão me lembra um pouco a “teoria da insanidade”, ou seja, fazemos sempre a mesma coisa, esperando resultados diferentes.
Por que estou dizendo isso?
Você há de convir que o método predominante em nossas escolas, faculdades, universidades e meio corporativo é o mesmo que se pratica há muito tempo. Podemos dizer que, há mais ou menos desde o século XII na Europa, conforme temos alguns registros.
Refiro-me, em especial ao fato de colocar várias pessoas juntas, sob a guia de uma pessoa e seguindo exatamente a mesma trilha de aprendizagem para todas.
Isso me lembrou de alguns dados de uma pesquisa, a qual tive acesso há algum tempo. Porém, estes são extremamente atuais e válidos para este momento.
Vejamos.
De fato, o que fica evidente nesta pesquisa?
A ideia de treinamento formal, em sala de aula, e mesmo o E-learning, da forma como está sendo praticado, em massa, tanto no meio acadêmico, como no corporativo, não gera os resultados esperados.
Aqui, a questão é:
Será que o problema são, de verdade, as pessoas que não aprendem?
Será que nós insistimos, de forma quase insana, nos mesmos métodos, aguardando resultados totalmente diferentes?
Agora, você pode bem dizer: a pesquisa está mostrando que isso se aplica à Geração do Milênio, não para todas as pessoas.
Concordo plenamente com você.
Porém, convido-lhe a avaliar o seguinte: você mesmo, independentemente da sua idade ou tempo de experiência acadêmica e profissional, considera realmente que os métodos tradicionais de aprendizagem funcionam perfeitamente bem em todas as situações?
Será que com tantos avanços tecnológicos não devem impactar nos nossos métodos de aprendizagem atuais?
Ah, não me refiro exclusivamente à TDIC (Tecnologia Digital da Informação e Comunicação). Isso porque tecnologia é sinônimo do conjunto de métodos, processos, técnicas utilizados para determinado fim.
Será mesmo que ao utilizar os mesmos métodos de aprendizagem para treinar nossas equipes, como fazíamos no século passado, seremos eficazes?
Inovar requer revisão de modelos mentais e de métodos de aprendizagem
Ao pensarmos em algo no século XXI, quase que inevitavelmente pensamos em Inovação.
Isto, independentemente da nossa área de atuação, não é mesmo?
De fato, parece-me que num século onde:
- a velocidade das mudanças é muito maior do que nos séculos anteriores;
- as distâncias no mundo foram significativamente diminuídas por conta de todo o processo de globalização que iniciou ainda no século XX;
Inovar, de formar sustentável, tornou-se uma premissa relevante para o mundo corporativo.
Ocorre que para INOVAR, seja de forma radical ou incremental, devemos rever nossos modelos mentais. Devemos quebrar paradigmas há muito tempo instalados, mas principalmente rever nossos métodos de aprendizagem.
Por quê?
A razão é simples: de que adianta uma Inovação que foi criada pelo seu departamento, ou mesmo pela sua empresa, não conseguir gerar seus resultados esperados? De fato, ela pode muito bem não ter sido assimilada, compreendida, internalizada pelas pessoas que são o seu público-alvo.
Você há de convir de que nada adiantaria se o Steve Jobs tivesse criado o iPhone, mas ninguém conseguisse compreender quais eram os seus diferenciais. Por que mesmo deveriam investir todo aquele recurso por um “telefone igual a todos os outros”?
Reveja seus métodos de aprendizagem, conhecimento e inovação
Sabem que para evitar que outros líderes tenham a mesma vontade de Tiago e João, como apresentado no início desta reflexão, ou seja, “mandemos descer fogo do céu para destruí-los“, aqui na Conducere, nós criamos um Talk Show denominado Intelligent Leadership: aprendizagem, conhecimento e inovação.
Neste talk, adotamos tecnologias ágeis, ativas e inovadoras para a educação de adultos. Isso para não corrermos o risco de cair na própria armadilha de utilizar os mesmos métodos de aprendizagem, os quais já percebemos que não dão mais tanto certo assim.
Quero lhe convidar a avaliar este nosso talk.
Contudo, quero principalmente que você possa rever a forma como hoje você, Líder Inteligente, conduz o processo de aprendizagem, promoção do conhecimento do seu time. Isso vai impactar diretamente na sua capacidade de inovar ou não.
Tenho convicção de que você, Inteligente como é, já se deu conta de que há a necessidade de revisão dos seus métodos de aprendizagem. Sabe bem que as pessoas não estão apenas buscando algo novo, mas algo que possa estar adaptado às suas necessidades reais.
Ah, não podemos ignorar um fato que é extremamente básico, mas muito relevante. Em todo time, temos pessoas com diferentes perfis e por consequência com formas diferentes de aprender.
Assim, nada mais natural do que respeitarmos a diversidade e riqueza das pessoas.
Não deixem de conferir também esta reflexão: Quem é maior: o líder sábio ou o competente?
Por hoje era isso, Pessoal! 🙂
Fiquem com Deus e até a próxima oportunidade!
Créditos:
Texto: Jocelito André Salvador
Trecho bíblico: http://catolicoorante.com.br
Imagem destacada: Google Imagens
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