Sei que já falamos neste espaço mesmo sobre a Liderança Humana. Aliás, por aqui consideramos a necessidade de uma Liderança Inteligente, Humana e Inovadora. Estes três aspectos unidos e inseparáveis podem gerar verdadeiros diferenciais competitivos para você e a sua organização, no século XXI.
Olá Gente Boa e Inteligente!
Muito bom nos reunirmos neste espaço de reflexão sobre o mundo corporativo.
Devo confessar que resisti um pouco a voltar neste tema, visto que a ideia de uma Empresa Inteligente, Humana e Inovadora, já faz parte da missão da Conducere. Por consequência, já falamos disso algumas vezes.
De qualquer forma, após vivenciar algumas situações e ler um artigo do Rafael Souto, postado no jornal Valor Econômico, que traz como título Os disfarces modernos para ambientes corporativos tóxicos, achei por bem escrever algumas linhas novas sobre o assunto.
Devo dizer que, apesar de considerar, inicialmente, o texto um pouco pesado e aparentemente sem esperança, não há como discordar do seu conteúdo.
Efetivamente, há uma toxidade no mundo corporativo que está impregnada em todas as áreas e funções. Não sejamos ingênuos em considerar que isto não ocorre, em algum nível, em nossas organizações.
Ocorre porém que, parafraseando o Papa Francisco: não deixemos que nos roubem a esperança num mundo corporativo melhor!
Por isso mesmo, consideramos por aqui que uma Liderança Humana, autêntica, que una também os aspectos da inteligência e da inovação, é um verdadeiro antídoto contra esta toxidade, que pode adoecer e matar. De verdade!
Liderança Humana, uma utopia ou algo efetivamente possível para o nosso século?
Falar de Liderança Humana, e ainda mais de Liderança Inteligente, Humana e Inovadora pode parecer retórico e até utópico, visto que vivemos numa era de grandes transformações e numa busca frenética por resultados práticos e constantes.
Contudo, quero utilizar uma citação do Papa Francisco no documento Evangelii Gaudium:
Os desafios existem para ser superados. Sejamos realistas, mas sem perder a alegria, a audácia e a dedicação cheia de esperança.
(Fonte: Exortação Apostólica Evangelii Gaudium – A Alegria do Evangelho – no. 109)
Além disso, faço questão de lembrar que a Valeska S. Fontana Salvador nos trouxe uma reflexão a respeito do tema no post Líder humano: é possível ser um e atingir as metas da organização?
Pois bem, sem deixar de sermos realistas, mas sendo audaciosos, alegres e dedicados, podemos sim estabelecer a cultura da Liderança Humana em nossas organizações. Independentemente do seu porte ou sua área de atuação.
Mas como fazer isso?
Liderança Humana só é possível com aprendizagem contínua, criação do conhecimento e inovação
Posso garantir que é simples retórica e utopia se falarmos em Liderança Humana, sem falar, ao menos, de:
- Fundamentos da Administração moderna, estratégica.
- Peter Drucker e sua visão de Sociedade do Conhecimento.
- Nonaka e Takeuchi e sua Teoria da Criação do Conhecimento Organizacional.
- Learning Organizations, conforme Peter Senge.
- Cadeia de valor de Michel Porter.
- As Imagens da Organização de Gareth Morgan.
- A filosofia da mente, segundo Hans Jonas.
- O conectivismo segundo Siemens.
- As tecnologias inovadoras que evoluem constantemente.
- Gestão por competências e Educação Corporativa.
Você, como Líder Inteligente, Humano e Inovador, não precisa ser um mestre em cada uma das áreas anteriormente destacadas. Contudo, não há Liderança Humana sem que, ao menos, estes aspectos sejam levados em consideração.
Ao não se considerar estes aspectos básicos, corre-se o risco de se pensar em algo imaterial, insustentável e simplesmente sonhador.
Quer um exemplo?
Um case de aplicação de Liderança Humana, de forma utópica
A empresa Esquimós do Brasil figura entre as Melhores Empresas para se Trabalhar no país. Contudo, ela apresenta índices de rotatividade alta, ao menos no seu departamento de Projetos e Engenharia.
Além do que, neste mesmo departamento há um alto índice de pessoas estressadas, deprimidas e com baixa produtividade.
Para solucionar isto, o David Fontoura da Silva, CEO da Esquimós do Brasil, e a Andréia dos Santos Rinoldo, Diretora de Gestão Estratégica de Pessoas decidiram implementar as seguintes ações para solucionar definitivamente este problema:
I. Trocar o gestor do departamento de Projetos e Engenharia da empresa.
II. Promover uma das pessoas do mesmo departamento para ser o mais novo gestor, visto que tal pessoa sempre apresentou ótimo índices de satisfação e produtividade.
III. Promover alterações no processo de R&S (Recrutamento e Seleção) para toda a empresa. Agora, a ideia é que todos tenham que passar por experiências vivenciais que visam avaliar o seu perfil real.
IV. Aplicar uma Pesquisa de Clima Organizacional específica para o departamento de Projetos e Engenharia. Muito embora, qualquer alteração nas práticas de Gestão de Pessoas só será avaliada na revisão do Planejamento Estratégico da empresa, que ocorrerá no final de 2018.
V. Gerar um ciclo de palestras motivacionais e de técnicas de relaxamento, envolvendo especialmente as pessoas da área de Projetos e Engenharia.
Você acha mesmo que estas ações atacam o cerne do problema ou é pura maquiagem corporativa?
Certamente esta não é uma situação exclusiva da Esquimós do Brasil. Quem sabe você esteja passando por isso na sua organização, hoje.
Ocorre que, muito embora haja ações muito bem intencionadas e que de fato podem ajudar (não resolver) a situação apresentada no departamento de Projetos e Engenharia, de forma alguma, atingem o cerne do problema.
De fato, não obstante haja ações efetivas em alguns casos, busca-se soluções imediatas, mais fáceis de se implementar, mas que não vão gerar resultados efetivos no médio e longo prazos.
O que propomos para implantar as bases de uma Liderança Inteligente, Humana e Inovadora
Para que você possa ter um caminho a ser seguido para iniciar a implantação ou mesmo otimização da Liderança Humana, com aspectos também de Inteligência e Inovação, veja esta solução.
Painel Interativo sobre Aprendizagem, Conhecimento e Inovação
De nada adianta queremos implantar a Liderança Humana em nossas organizações se não nos ativermos aos fundamentos da aprendizagem contínua, da criação do conhecimento organizacional e da inovação.
Vamos falar mais sobre isso?
Até breve!
Abraços.
Créditos:
Texto: Jocelito André Salvador
Imagem destacada: Freepik.com