Quanta miopia ainda se vê no mundo corporativo, que ao fim e ao cabo é o reflexo do que temos na sociedade como um todo. De qualquer forma, estive refletindo sobre o risco do líder míope considerar-se como uma águia, ou seja, considerar que tem a visão estratégica e sistêmica. Quando na prática não consegue ver senão de forma inadequada o que lhe cerca.
Olá Gente Inteligente!
Prazer grande sempre que posso compartilhar estes momentos com vocês.
Estive refletindo sobre o tema de hoje, o líder míope, em razão de estar repassando algumas situações que me envolveram direta e indiretamente. Sobre elas quero fazer uma reflexão com vocês.
Para mim, ao menos, creio que para você também, um dos piores defeitos das pessoas é não conseguir admitir as suas próprias limitações.
Ocorre que quando você tem a função de liderar, isso pode impactar na vida de muitas pessoas. Impactar de forma negativa, infelizmente, em muitos dos casos.
Por isso mesmo, quis escrever alguma linhas para tratar deste assunto com você.
O líder míope e sua “visão de águia”
Como falei anteriormente, quero basear esta breve reflexão na minha experiência, mas creio que você vai conseguir expandi-la e identificar situações em sua vida.
Imagine a seguinte situação: um líder que fica ‘encastelado’ em seu departamento e tem pouquíssimos interlocutores (não necessariamente os mais confiáveis). Além do que, tem o péssimo hábito de não averiguar se as informações trazidas pelos seus interlocutores são verídicas ou não necessariamente.
Ainda, tal líder não se questiona: será que as visões trazidas pelos “conselheiros” não são fruto de sua visão distorcida ao invés da realidade nua e crua?
Estas são as situações ideais para se formar um líder míope, ou seja:
- Não tem contato direto com as pessoas do time;
2. Trabalha através de interlocutores ou como denominei seus “conselheiros”.
3. Não procura exercer uma visão crítica sobre o que os seus “conselheiros” estão lhe trazendo.
O pior de tudo isso é que, quase invariavelmente, estes líderes se consideram como águias. Consideram que tem “olhos e ouvidos” espalhados em diversos lugares da organização.
Na verdade não passam de líderes míopes, pouco inteligentes, os quais muito menos podem ser considerados sábios.
Qual é o risco de ser um líder míope?
Uma das questões que nos é muito cara, aqui na Conducere, é o que denominamos de Smart Companies, ou seja, empresas inteligentes.
Ocorre que para se ter uma empresa inteligente, invariavelmente, necessitamos de Líderes Inteligentes e de um Time Inteligente.
Agora, não precisamos ser muito gênios para saber que um líder míope não consegue manter um time inteligente.
Aliás, o líder míope costuma achar que vê tudo e sabe de tudo. Na sua estreita visão de mundo considera que está fazendo o melhor pelo seu time e quiçá pela sociedade.
Ocorre que não é bem assim!
O líder míope costuma:
1. Tomar decisões precipitadas em razão das suas informações errôneas ou incompletas;
2. Julga de forma inadequada as pessoas do time;
3. Crie estereótipos, na sua mente, que não condizem com o perfil das pessoas.
4. Não consegue cultivar as melhores competências individuais e do grupo.
5. Quando consegue atingir resultados não é necessariamente pela sua capacidade de liderança. Isto se deve
a algumas pessoas do time, que estão fazendo a coisa acontecer.
Então, você já identificou um líder míope na sua organização ou na sua carreira profissional?
Não sejamos nós o líder míope, sejamos o Líder Inteligente
Aqui no espaço Homines Formatam, temos insistido na ideia de Intelligent Leadership (Formação para Líderes Inteligentes).
Isto porque cremos, piamente, que nós, humanos, temos a capacidade de aprender a aprender, criar novos conhecimentos e com isso inovar.
Além do que, dentro das 5 dimensões que trabalhamos na concepção da Liderança Inteligente, uma delas me é, particularmente, muito cara.
Trata-se da dimensão SER. Isso porque trabalhamos questões como autoconhecimento, relação com o transcendente e a nossa capacidade de retomar a sensibilidade espiritual.
Aliás, uma das grandes obras que norteiam a dimensão SER da nossa formação é a obra Castelo Interior da mundialmente conhecida Santa Teresa D´Ávila.
Utilizamos tal obra como referência para o desenvolvimento da dimensão SER, pois ela trata nossa alma a partir da metáfora de um castelo, o qual tem muitas moradas.
Para que se tenha uma ideia de como está organizada esta obra, vale saber que:
- A primeira morada equivale a entrar no castelo, a iniciar o trato com Deus, a conhecer-se a si mesmo.
- A segunda morada trata da necessidade de se ancorar numa busca mais profunda, mais radical, pela Verdade.
- A terceira morada é o estabelecimento de um programa de vida espiritual, de meditação, de oração.
- A quarta morada é quando se adentra à vida mística, propriamente dita.
- Na quinta morada, começa a transformação do nosso SER e sua transcendência.
- Na sexta morada, há o encontro com a Verdade Interior.
- Na sétima morada, deve ocorrer a transfiguração do nosso SER, ou seja, evoluirmos para outro estágio em busca da plenitude do ser humano.
Fica o convite!
Então, fica o nosso convite: conheça a modalidade PERSONAL ou CORPORATE do nosso Intelligent Leadership (Formação para Líderes Inteligentes) e siga conosco nesta trilha de desenvolvimento.
Não sejamos nós mesmos o líder míope, mas sim o(a) Líder Inteligente.
Fique com Deus e até breve!
Abraços.
Créditos:
Texto: Jocelito André Salvador
Imagem destacada: Freepik.com
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