Como equilibrar criatividade versus controle?
O mundo carece da genialidade e da inovação constante. Contudo, como permitir um ambiente extremamente criativo, mas realista ao contexto em que se está inserido?
Olá Povo de Deus!
Desejo que você esteja muito bem e que nossas edições do Homines Formatam estejam contribuindo para sua formação enquanto Líder Inteligente.
Aliás, ficamos na expectativa de que esta série sobre como equilibrar estratégias para as Learning Organizations esteja sendo muito proveitosa para você.
Neste sentido, gostaríamos muito de saber as suas percepções sobre estas postagens. Por isso mesmo, deixe os seus comentários.
No entanto, sendo este o primeiro post da série que você está lendo, não deixe de acessar e conhecer os três primeiros:
#2 – Hierarquia versus compartilhamento: relações de poder
#3 – Aprendizagem versus treinamento: como gerar líderes e times inteligentes
Ah, apenas para lembrar: esta série está baseada no artigo de Simon Horan e Michael Connerty, publicado na Harvard Business Review. Caso queira lê-lo na íntegra, por gentileza, acesse aqui!
Também, como fonte para embasamento do artigo, estou utilizando o Evangelho de Jesus Cristo segundo João 14, 6-14. Sendo possível, leia e medite sobre este trecho diretamente de sua Bíblia. No entanto, caso prefira, segue o link para a versão online da passagem.
Como equilibrar criatividade versus controle
Como já dissemos em outros artigos, estamos vivendo em um tempo muito instigante. Apesar de todos os seus desafios e dinâmicas complexas, não há como negar que esta Era do Conhecimento tem-se demonstrado gratificante para o fomento da criatividade humana.
Contudo, como equilibrar a criatividade versus controle?
Perceba que um dos grandes trunfos da vida é o equilíbrio, ou seja, fugir dos extremos e de sermos sectários.
Isso quer dizer, caso queira ser radical, isto é, ir nas profundezas de algo, excelente. Porém, o ser sectário, quer dizer, ser fechado(a) a qualquer outra visão que não a sua, é insanidade e desperdício de talentos.
Caso queira saber mais sobre a diferença entre ser um líder radical e um líder sectário, acesse este artigo.
Criatividade é parte inseparável do ser humano
A criatividade é inerente ao ser humano. Pode até ser que alguns sejam mais criativos que os outros. Todavia, criar, inventar, pensar de outra maneira, definir formas e métodos para resolver determinadas situações, está intrínseco em nosso código genético.
No entanto, o que acontece é que em alguns momentos, assim como Filipe na história do Evangelho, que estou utilizando como referência, estamos muito presos em nossos próprios modelos mentais. Além disso, não nos desafiamos a evoluir. Também, não reconhecemos a solução para o que desejamos.
Jesus diz a Filipe que apesar de parecer “impossível” ele entender o que o Mestre dizia, pelo menos compreendesse o que Ele estava fazendo. Todavia, Jesus diz que aquele que acredita Nele, fará coisas maiores do que Ele mesmo. Isso quer dizer, imaginem e criem o que vocês quiserem em favor das boas obras.
Contudo, será que tudo é possível em prol desta engenhosidade de querer inventar e reinventar?
Neste contexto, vamos entender a quarta tensão trazida pelos nossos autores Simon Horan e Michael Connerty, no artigo já citado.
Tensão 4. Criatividade versus disciplina
De acordo com Horan e Connerty (2018), algumas empresas confundem a possibilidade inventiva com a permissão do descontrole. Sendo assim, eles afirmam que, em virtude da criatividade ser estratégica, alguns executivos permitem que as organizações se transformem em um ambiente isento de controle.
Isso quer dizer, que as empresas, no lugar de serem um ambiente fecundo de inovação e criação do conhecimento, passam a se tornar um lugar de libertinagem, não de liberdade. Dessa forma, a “lei” que opera é “façam o que quiserem”, desde que nos tragam ideias novas.
São Paulo, em sua carta aos Coríntios alerta que “tudo me é permitido, mas nem tudo me convém” (Co 6,12). Essa liberdade, como diz o filósofo Franklin Leopoldo e Silva, é uma das grandes discussões sobre a ética e a responsabilidade. Caso queria saber mais sobre isso, acesse:
De outro lado, medidas de extremo controle e parâmetros, podem tolher qualquer ação em prol da criatividade. Afinal, como transformar ou inventar de acordo com definições e metas preestabelecidas?
Criatividade versus controle = caos criativo versus caos generalizado
Para criar, precisamos de um pouco de descontrole. Quero dizer com isso que precisamos sair das regras impostas e pensar “fora da caixa” para ter algo novo, melhorado e diferente.
O que buscamos nesta desordem é o caos criativo, mas não o caos generalizado!
O caos criativo é o que Takeuchi e Nonaka (2008), sugerem como uma união entre membros estratégicos, táticos e operacionais.
Os estratégicos definem para onde a empresa deve ir e o que quer alcançar.
Os operacionais realizam esse sonho.
Os táticos resolvem qualquer barreira entre o que querer e o realizar o desejado.
A união de todos estes elementos (estratégicos, táticos e operacionais) torna possível o caos criativo.
Veja, é uma criatividade com controle. Cada um sabe o seu papel e os reais motivos para o seu desempenho. Com isso, há foco e sentido para as inovações e transformações. Evita-se com isso desperdício de recursos e talentos.
Sobre o caos criativo, o Jocelito nos trouxe um artigo muito interessante. Caso deseje relê-lo: Liderança com conhecimento, propósito e caos criativo.
Como equilibrar de forma inteligente a criatividade versus controle
Além da sugestão de Nonaka e Takeuchi, sobre essa união entre todos os níveis hierárquicos da organização, o que sugerimos para você e sua organização é a implantação de um Conselho de Inteligência. A partir desta solução, você e sua empresa estarão promovendo a verdadeira Inteligência Corporativa.
Diferente de um Conselho de Administração, o Conselho de Inteligência age de forma constante, diária e contínua na empresa.
Como defendemos aqui na Conducere, através do Intelligent Board (Conselho de Inteligência Corporativa):
O intuito é manter a empresa no rumo da inovação contínua e sustentável, através da criação e promoção do conhecimento organizacional. (CONDUCERE).
Como é estruturado/implantado o Intelligent Board?
Seguimos a metodologia que está baseada em conceitos do Design Thinking, Design Educacional e PDCL (Plan, Do, Check, Learning).
Ela está representada da seguinte forma:
Além disso, o Intelligent Board é suportado por tecnologias como mentoring, Confraria do Conhecimento, Comunidade Intelligentia e Painel Interativo.
Conheça mais sobre o Intelligent Board e leve essa solução para a sua organização, promovendo a criatividade de forma inteligente! Então, fale conosco!
Nossos agradecimentos
Quero em nome da Conducere agradecer a você que acompanhou esta série sobre como equilibrar as estratégias para as Learning Organizations.
Dessa forma, tivemos a oportunidade de levar até você uma visão sobre as quatro tensões que podem prejudicar a execução de uma excelente estratégia.
Desejo que os quatro posts tenham contribuído para sua formação/atuação diária como Líder Inteligente. No entanto, divida conosco suas percepções sobre estes e outros assuntos que comentamos e compartilhamos neste canal ou em nossas redes sociais.
Um grande e fraterno abraço, fique no amor de Deus, Maria e José e até breve! 🙂
Créditos
TAKEUCHI, Hirotaka. NONAKA, Ikujiro. Gestão do Conhecimento. POA: Bookman, 2008.
Texto: Valeska Schwanke Fontana Salvador
Imagem em destaque no Blog: Freepik.com