Parece, a primeira vista, não fazer muito sentido aproximar Confiança e Liderança a ponto de avaliar a sua relação. Não é mesmo? Parece-lhe óbvio demais? O que você acha?
Olá Povo de Deus!
Muito bom falar com vocês. Pessoas Inteligentes, que estão sempre dispostas a crescer e evoluir, pois se reconhecem aprendizes permanentes.
Esta breve reflexão vai para você que tem ciência de que nunca saberá tudo. Nunca será perfeito(a), nunca terá todo o conhecimento, mas nem por isso desiste de aprender, sempre.
Até porque, para as pessoas que acham que sabem tudo, e naturalmente não são inteligentes, qualquer parada para reflexão é mera uma perda de tempo.
De qualquer forma, você deve estar se perguntando: qual é o sentido desta reflexão sobre confiança e liderança?
Já explico e creio que você vai entender o sentido, mesmo que não concorde com os meus argumentos e ideias.
Confiança e Liderança não necessariamente andam juntas na Era do Conhecimento
Fiz questão de trazer este assunto à tona, pois é mais do que sabido que uma das efetivas mudanças da Era Industrial para a Era do Conhecimento, é justamente uma mudança da visão de controle e policiamento para a parceria e colaboração.
Obviamente, e não sejamos ingênuos, que a parceria e a colaboração entre as pessoas num time não se define da “noite para o dia”. Há a necessidade, primeira, de se estabelecer uma relação de confiança entre as partes.
Porém, o que acontece quando a confiança e liderança não se encontram?
Naturalmente que o clima organizacional não será dos melhores. Quando há a necessidade de policiamento, controle rígido e pouco espaço para a criatividade, não será a confiança a reinar.
Contudo, o interessante é perceber que ignorar que confiança e liderança precisam andar juntas e focando na inovação constante de processos e/ou produtos, necessidade básica da Era do Conhecimento, vai na contramão das necessidades do nosso tempo.
Dentre vários exemplos que se encontra em artigos relevantes em revistas, blogs etc., este da Revista Melhor – Gestão de Pessoas me chamou a atenção. O título é Modelo mais dinâmico e sua chamada diz: Empresas apostam em mais agilidade para atrair e reter talentos.
Vale a pena acompanhar!
Agora, você pode dizer: mas o que tem a ver modelo mais dinâmico com confiança e liderança?
Veja esta citação, que está nesta reportagem:
A cultura ágil dá liberdade para que os colaboradores utilizem sua criatividade para resolver os problemas existentes. Com isso, as pessoas acabam desenvolvendo o senso de propriedade, se dedicando como se fossem o dono da empresa”, conta Raquel Parente, gerente de recursos humanos da Locaweb, empresa de serviços de internet.
(Fonte: Revista Melhor – Gestão de Pessoas)
Então, você, Inteligente como é, já deve ter se dado conta: como dar liberdade para os colaboradores utilizarem a sua criatividade sem unir confiança e liderança?
Liderar e Confiar: não necessariamente são tão próximos assim
Além do que já está exposto na reportagem da Revista Melhor – Gestão de Pessoas, que acabei de utilizar como referência, e que corrobora esta minha visão, cito uma situação vivenciada há poucos dias por mim.
Vejamos. Você consegue conceber uma empresa que se considera inovadora, trabalha com educação, está em plena expansão, mas não consegue unir confiança e liderança?
Então, pode e acontece na prática!
Pior ainda é que esta organização, a que me refiro, é uma empresa da área de educação com foco predominantemente na área de tecnologia da informação e comunicação.
Isso quer dizer: façam o que eu digo, mas não façam o que eu faço. Esta é a verdadeira mensagem que este tipo de situação cria.
Aliás, não estou me referindo somente para os colaboradores da organização, pois há uma série de outras partes envolvidas nesta equação, que restam impactadas por este tipo de cultura.
Onde está a disparidade de confiança e liderança neste caso específico?
Importante exemplificar a situação para que não pareça que estou apenas exagerando, por uma mera visão unilateral distorcida.
O fato que chama muita atenção é que uma empresa que se considera inovadora, trabalha com tecnologia e inovação, mas não admite, de forma alguma, que sua equipe trabalhe à distância.
Quer dizer: especialmente a equipe educacional precisa ser funcionário CLT e “cumprir horário rígido”, com controle permanente.
Neste caso, será mesmo que está se exercendo uma boa relação entre confiança e liderança, estando em pleno século XXI, considerando-se uma empresa inovadora, que trabalha com tecnologia, mas que não permite nenhuma flexibilidade na relação com o seu time educacional?
Nosso convite para você é: vamos rever a nossa forma de liderar!
Para você que acompanha o nosso trabalho, sabe que, já há algum tempo, batemos na tecla da Liderança Inteligente.
De fato, um dos pontos que desejo destacar, com ênfase, aqui é justamente a relação confiança e liderança.
Necessitamos, sem ingenuidade, mas com inteligência, focar no desenvolvimento de uma nova liderança. Refiro-me a menos policiamento e mais colaboração. Menos controle e mais resultados positivos para todos os envolvidos.
Ocorre que para que isso acontece por uma revisão dos nossos modelos mentais.
Como assim?
Veja que a necessidade de policiamento, controle, falta de confiança começa pela forma como vemos as pessoas e o seu papel. Isso sem considerar, é claro, como estão organizados os processos na organização.
Por aqui, costumamos tratar da necessidade de avaliar o ser humano na sua integralidade.
Isso nada mais é do que conseguir respeitar o ser humano como inteligente que é e capaz de aprender continuamente.
Obviamente, respeitar o ser humano na sua integralidade não isenta o fato de todo líder ter de ser sábio(a) e não ingênuo(a).
Vamos debater a sua visão da sua organização e das pessoas!
Quando nos referimos à Liderança Inteligente, devemos debater sobre: a empresa como máquina e/ou cérebro.
Mas então vamos falar da empresa e não das pessoas?
Essa é uma ótima questão!
Falamos até há pouco de confiança e liderança. Agora, parece termos nos voltado à questão da importância da visão sobre a empresa.
Porém, aí esta a verdadeira questão sobre a Liderança Inteligente, que desejamos debater com você.
Todo(a) Líder Inteligente, dentre outras competências demanda:
- Ter uma visão estratégica e sistêmica;
- Capacidade de gerir pessoas e processos;
- Ter uma inteligência emocional, minimamente desenvolvida.
- Aprender continuamente, sempre.
- Conseguir enxergar as pessoas como elas são, de fato.
Então, estes assuntos permeiam o debate desta edição do nosso Painel Interativo.
Fica o convite para que você possa conhecer e tenhamos a oportunidade de ampliar o debate sobre estas questões, que não me parecem triviais.
Até a próxima oportunidade!
Fique com Deus!
Abraços.
Créditos:
Texto: Jocelito André Salvador
Imagem destacada: Freepik.com