Incrível perceber como aprender a ouvir, a debater, dialogar, gerar um processo dialético engrandece nossa pessoa e nossas organizações. Aprender em equipe, com e através das pessoas. Eis o nosso desafio constante.
Olá Gente Boa!
Muito bom, mesmo, poder dividir estes momentos com vocês.
Devo confessar que é um desafio constante poder falar para pessoas inteligentes e capazes como vocês. Contudo, também é um grande prazer poder expressar ideias e opiniões.
De alguma forma, sempre que nos damos oportunidade, aprender em equipe traz grandes benefícios.
Há, todavia, desafios a serem superados para que isso aconteça. Não vamos ser ingênuos!
Perceba, por gentileza, que nem sempre é fácil acolher ideias diferentes das nossas. Quanto mais aquelas ideias que vêm de pessoas com as quais não simpatizamos tanto assim, por exemplo. Não é assim que acontece com você também?
O ser humano tem razões que a própria razão desconhece, distorcendo e parafraseando a famosa frase de Blaise Pascal.
De qualquer forma, é preciso compreender as pessoas e suas possíveis razões para que possamos nos relacionar e aprender em equipe.
Aprender em equipe é natural do ser humano
Caso você tenha conseguido acompanhar as outras edições do nosso espaço de reflexão Homines Formatam, tem percebido que defendemos a ideia de Ser Humano Integral.
Isso quer dizer que, muito além do ser humano ser considerado “dono” da natureza e dos seus recursos, ele é um ser inteligente e capaz de ser sábio.
Porém, todo ser humano tem um grande trunfo, em função de um bela característica que trazemos em nosso DNA, seremos seres sociais.
Isso nos leva a nos relacionarmos com outras pessoas e também aprender com elas. Caso nos permitamos, é claro.
Vejamos que se dar a oportunidade de aprender em equipe, com e através das outras pessoas é algo tão antigo e natural que a própria Bíblia traz isso em várias ocasiões.
O rei Baltasar e o profeta Daniel
Separei um trecho do Livro de Daniel para ilustrar isso. Aliás, caso você ainda não tenha tido a oportunidade de ler tal livro, recomendo fortemente que o faça.
Veja esta pequena passagem do livro em questão, que está em Dn 5,13-14.16-17.
13 Então Daniel foi introduzido à presença do rei,
e este lhe disse:
‘És tu Daniel, um dos cativos de Judá,
trazidos de Judá pelo rei, meu pai?
14 Ouvi dizer que possuis o espírito dos deuses,
e que em ti se acham ciência,
entendimento e sabedoria em grau superior.
16 Ora, ouvi dizer também
que sabes decifrar coisas obscuras
e deslindar assuntos complicados;
se, portanto, conseguires ler o escrito
e dar-me sua interpretação,
tu te vestirás de púrpura,
e levarás ao pescoço um colar de ouro,
e serás o terceiro homem do reino.’
17 Em resposta, disse Daniel perante o rei:
‘Fiquem contigo teus presentes
e presenteia um outro com tuas honrarias;
contudo, vou ler, ó rei, o escrito
e fazer-te a interpretação.”
Você pode acompanhar o trecho completo sugerido na Liturgia Diária da Igreja Católica, caso desejar.
O que temos a aprender com o rei Baltasar e o profeta Daniel
Quando você tiver oportunidade de ler a passagem completa do capítulo 5 do livro de Daniel, verá que a cena anteriormente descrita ocorre no palácio do rei Baltasar, filho de Nabucodonosor.
OK! Mas o que isso tem a ver com aprender em equipe?
Dentre outros aspectos, vejamos:
- O rei Baltasar aceita ouvir Daniel. Embora Daniel não fosse do seu povo e nem da nobreza.
2. Daniel fala a verdade. Não aceita presentes em troca de um falso testemunho, ou seja, não aceita deixar de falar a verdade em troca de favorecimento próprio.
3. Daniel respeita a pessoa de Baltasar, faz questão de lhe responder. Muito embora, deixe claro não concordar com os seus métodos de “premiação”.
Assim, como pode haver aprendizagem em equipe se não estivermos dispostos a ouvir, de verdade, as pessoas?
Como podemos aprender em equipe, se omitimos a nossa opinião real por medo ou em busca de favorecimentos?
Como aprender em equipe se não houver respeito entre as pessoas, independentemente das suas diferenças?
O que Peter Senge tem a nos dizer sobre a aprender em equipe?
Aqui na Conducere, utilizamos a máxima de que a Aprendizagem leva ao Conhecimento, que por sua vez, leva à Inovação.
Por isso, um dos autores, que nos baseamos para falar em Aprendizagem é Peter Senge, que dentre outras obras nos traz A Quinta Disciplina.
Muito embora, a ideia de quinta disciplina seja o pensamento sistêmico, Senge deixa muito claro em sua obra que o aprender em equipe é essencial para as organizações. Isto vale para toda e qualquer empresa, não importando seu tamanho ou área de atuação.
Daí vem a expressão Learning Organization (Organizações que Aprendem), com a qual concordamos plenamente.
Dimensões críticas da aprendizagem em equipe
Acompanhemos, neste infográfico como Senge destaca a aprendizagem em equipe.
Ele define, na obra A Quinta Disciplina, como dimensões críticas da aprendizagem em equipe.
Vejamos se isto, de alguma forma está presente, ou não, no episódio narrado entre o rei Baltasar e o profeta Daniel.
A primeira dimensão, ou seja, pensar reflexivamente sobre assuntos complexos parece evidente. Baltasar concedeu-se esta oportunidade.
A segunda dimensão pode ser vista com a intervenção de Daniel, que sem medo da posição do rei e muito menos aceitando seus presentes ou “honrarias” pelo seu mérito.
Já a terceira, que passa pelo papel dos membros da equipe em outras equipes, não está tão evidente assim neste trecho.
Contudo, isso pode ser avaliado quando o rei, dirigindo-se a Daniel diz:
Ouvi dizer que possuis o espírito dos deuses, e que em ti se acham ciência, entendimento e sabedoria em grau superior.
Fica claro que, ao menos, alguém da corte real de Baltasar interagia com Daniel e seus companheiros, a ponto de conhecer suas competências.
Como o aprender em equipe nos ajuda a inovar de forma contínua e sustentável
Não sei quanto a vocês, mas para nós o aprender em equipe, para além de todos os seus méritos, deve nos levar à inovação contínua e sustentável.
Digo isso, pois aprender por aprender, ou seja, aprender para si próprio, não para a equipe ou em prol da empresa, não gera inovação.
Ao menos, nós, equipe Conducere, defendemos que a aprendizagem em equipe é facilitada por uma empresa inteligente e humana. Na qual a inovação é algo tão natural quanto o seu próprio existir.
Falamos com mais propriedade sobre isso na página da Conducere A sua empresa inteligente e humana – este é o nosso propósito.
Convido-lhe a avaliar como enxergamos o tripé APRENDIZAGEM, CONHECIMENTO e INOVAÇÃO.
Falamos, além da aprendizagem, que foi objeto desta nossa reflexão, sobre criação e promoção do conhecimento e como isso nos leva à inovação. Como não poderia deixar de ser.
Vamos fazer de 2018 um ANO INOVADOR
De fato, a cada novo ciclo, e a entrada de um novo ano é exatamente isso, temos a oportunidade de fazer algo melhor. Ao menos, aprimorar o que já fazemos de bom.
Assim, um convite especial que tenho a lhe fazer é para que conheça a nossa solução Intelligent Board.
Trata-se de um Conselho de Inteligência, no qual o aprender em equipe é colocado em prática.
Aliás, o aprender apoiado por tecnologias ativas e inovadoras, visto que estamos tratando com seres inteligentes e adultos.
Não se trata, de forma alguma, de um Conselho de Administração. Importante que isso fique claro!
Para você saber mais sobre estas diferenças entre Conselho de Inteligência e Conselho de Administração, não deixe de conferir a página que preparamos para você.
Por que você necessitar pensar nisso agora?
Por uma razão muito simples, a velocidade das mudanças não vai aguardar que você comemore, durante todo o mês de dezembro, as festas de final de ano, as suas férias etc.
Não que isso não seja relevante. Muito antes pelo contrário!
O fato é: você pode começar HOJE a aprender em equipe.
Quando 2018 começar, de fato, você já terá, ao menos, planejado algumas ações a serem tomadas para “surfar a onda da inovação contínua”.
Então! Vamos lá!? Preparado para aprender em equipe?
Até a próxima oportunidade, Pessoal!
Um grande e fraterno abraço.
Créditos:
Texto: Jocelito André Salvador
Imagem em destaque: Freepik.com
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