Aprender, colaborar e inovar, muito mais que um clichê dos nossos dias, torna-se cada vez mais crítico para as organizações, de verdade.
Aprender, colaborar e inovar: isso é para as empresas inteligentes
Para você que acompanha a nossa empresa e nossas postagens sabe que insistimos, de certa forma, no conceito de empresas inteligentes, humanas e inovadoras.
Vale dar uma olhada, inclusive, na Nossa missão: sua empresa inteligente, humana e inovadora.
Aliás, falar de Learning Organizations (Organizações de Aprendizagem) nos remete à obra de SENGE, Peter. O que, por sua vez, nos leva a pensar nas 05 disciplinas deste tipo de organização.
Muito embora, nós já tenhamos falado em outros momentos destas 05 disciplinas, não é demais relembrar quais são elas.
Contudo, o que mesmo estas disciplinas tem a ver com aprender, colaborar e inovar?
Especialmente, será possível fazer tudo ao mesmo tempo? Quero dizer: inovar com base na aprendizagem contínua e na colaboração entre as pessoas.
O que diferencia as empresas inteligentes
Verdadeiramente, as empresas inteligentes, aquelas que têm a capacidade de aprender, colaborar e inovar, apresentam, de alguma forma, as 05 disciplinas destacadas por SENGE:
1. Domínio pessoal: as pessoas, independentemente da sua posição, são estimuladas a aprofundar o seu autoconhecimento. Todo o ser humano tem talentos e inteligência. Contudo, há a necessidade de se autoconhecer.
2. Modelos mentais: aqui o destaque para que se analise e reanalise, constantemente, tanto os modelos mentais individuais, quanto os modelos mentais enquanto grupo. Isso porque o ser humano, por ser um ser social, tende a impactar e ser impactado pelos grupos que pertence.
3. Visão compartilhada: algo essencial se quisermos aprender, colaborar e inovar. Aliás, não há criação de novos conhecimentos se não houver a visão compartilhada, em algum momento. Há uma das fases da criação do conhecimento organizacional, denominada externalização, onde ter esta visão no time torna-se essencial.
4. Aprendizagem em equipe: de nada adianta aprender de forma individual, se isto não for transferido para o restante do time e se transforme em inovação constante de processos, serviços e/ou produtos.
5. Pensamento sistêmico: pensar no todo, na cadeia de valor da sua empresa, e não somente na sua ilha. Isso é essencial em tempos de mundo globalizado e digital.
Devemos passar do treinamento para a aprendizagem
Há outro aspecto muito relevante a ser considerado quando se trata de aprender, colaborar e inovar.
Devemos rever a forma como estamos preparando as pessoas dos times da nossa empresa.
Quero dizer com isso que devemos nos preocupar não somente em treinar, ou seja, focar nas habilidades técnicas, o famoso ‘know-how’. Há a necessidade de capacitar as pessoas, ou seja, desenvolver a capacidade destas pessoas de aprender, colaborar e inovar.
Capacitar está ligado ao ‘know-why’, ou seja, ao saber porque a sua atividade, a sua posição, é relevante para o sistema como um todo.
Faço questão, inclusive, de retratar aqui um quadro muito interessante, que traduz muito bem estes dois aspectos: o treinamento e a capacitação.
Fonte: MELO, Paulette Albéris Alves de .. [et al]. Aprendizagem e desenvolvimento de pessoas. Rio de Janeiro: Editora FGV. 2016.
Ao avaliarmos o quadro proposto, mesmo que não nos atenhamos aos mínimos detalhes, fica evidente a mudança do paradigma do treinamento para o paradigma da capacitação.
Então quer dizer que não devemos treinar mais ninguém?
De fato está aí uma questão bastante interessante.
Lembra que comentamos anteriormente que o treinamento está ligado ao know-how (saber fazer) e a capacitação ao know-why (saber porque)?
Então, é evidente que há aspectos de qualquer função que seja exercida dentro de uma organização, onde o ‘saber como’ é fundamental.
Vejamos por exemplo, o operador de uma máquina que não recebeu o treinamento adequado para operá-la. Fará algum sentido ele desenvolver somente a capacidade de ‘saber porque’ a sua função é relevante para o sistema da empresa?
Por isso mesmo, tratamos da importância da aprendizagem. Como o próprio quadro destaca: paradigma da aprendizagem do século XXI.
Isso quer dizer que, hoje, aprender, colaborar e inovar não estão dissociados, distantes. Cada pessoa, inteligente como é, deve desenvolver a competência de exercer isso de forma simultânea e natural.
Como dar o suporte necessário para aprender, colaborar e inovar continuamente
Muito embora reconheçamos a capacidade das pessoas de serem criativas, faz-se necessário que a organização (empresa, entidade, escola) dê a sua contribuição.
Refiro-me ao fato que as pessoas, sejam elas ligadas à organização de forma direta ou indireta (parceiros, fornecedores, clientes etc.), necessitam de um ambiente que crie este ecossistema de aprendizagem, colaboração e inovação.
Para que isso ocorra, na prática, sugerimos que você crie na sua organização uma CONFRARIA DO CONHECIMENTO.
Veja como traduzimos isso para acontecer na sua realidade:
Mas por que faz sentido ter uma estrutura assim?
O motivo mais básico é que isso se torna uma plataforma capaz de suportar todas as fases da espiral da criação do conhecimento.
Agora, você pode se perguntar: qual é a relação entre a espiral da criação do conhecimento e o fato da organização aprender, colaborar e inovar?
Veja que estes três aspectos (aprender, colaborar e inovar) estão intrínsecos na Teoria da Criação do Conhecimento, de Nonaka e Takeuchi, da qual deriva tal espiral.
Para quem saber um pouco mais deste assunto, sugiro que possa ver este post: Novo e-book: Série Learning Organizations; Volume 1: Conhecimento.
As quatro formas de conversão do conhecimento
De qualquer forma, vale relembrar que o conhecimento se cria através de 04 formas distintas de conversão:
1. Socialização: o relevante aqui é a troca de ideias e experiências entre as pessoas. Por isso mesmo, a CONFRARIA deve prever a modalidade blended learning, ou seja, presencial e on-line.
2. Externalização: nesta fase de conversão do conhecimento o importante é que se consiga “materializar” as ideias, ou seja, traduzi-las em slogans, visões, metas a serem alcançadas. Aqui a CONFRARIA traz, além da possibilidade de Mentoring, a Comunidade de Prática e Inovação, que tem papel fundamental nesta fase do aprender, colaborar e inovar.
3. Combinação: aqui o aspecto principal é conseguirmos ‘conectar conhecimentos’ e a partir deles criar uma síntese. Isso se traduz através da melhoria de um processo, da criação de novos produtos etc. Neste sentido a CONFRARIA é fundamental ao incentivar debates dialéticos, exercer a mentoria e criar ao menos uma comunidade de prática e inovação.
4. Internalização: nesta fase ocorre a aprendizagem individual, que também é essencial para a aprendizagem organizacional. Aqui a CONFRARIA tem diversas formas de colaborar para que isso ocorra de forma eficaz.
Você deseja começar a colocar isso em prática?
Para você que quer dar os primeiros passos no mundo das Learning Organizations ou se o seu caso é otimizar seus processos, sugiro que possa avaliar o seguinte evento:
Painel Interativo: aprendizagem, conhecimento e inovação.
Sugiro este evento, pois vai lhe ajudar a compreender e praticar tudo o que tratamos neste post.
Aliás, ele foi concebido para todas as pessoas que desejam exercer a Liderança Inteligente.
Não necessariamente a liderança pelo cargo. Porém, também para quem quer ser líder da sua vida profissional.
Vamos conversar mais sobre isso?
Fica com Deus!
Abraços.
Créditos:
Texto: Jocelito André Salvador
Imagem destacada: Freepik.com