Neste artigo falamos um pouco sobre negócios, ou melhor, Smart Business, pois em pleno século XXI isso tende a se intensificar, não há mais espaço para negócios que não sejam inteligentes.
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O que é ter um Smart Business?
Smart Business, em nosso entendimento, nos remete à ideia de que eles tenham uma gestão de pessoas adequada, possam se relacionar muito bem com a sociedade que o cercam e com o meio ambiente.
Contudo, um negócio inteligente somente se faz com uma liderança inteligente, ou seja, uma Intelligent Leadership.
Necessita-se de líderes para a Era do Conhecimento
Você, como líder, deve estar se sentindo provocado(a), salvo raras exceções, a rever seus conceitos com relação à forma como o seu negócio, ou a sua área, deve funcionar no seu dia a dia. Além de repensar qual é o melhor modelo de negócio para se manter vivo e ativo neste século.
Isso sem falar, é claro, na forma de gerir com a excelência necessária o seu time.
Essa é a sua realidade diária também?
Caso seja, convidamos você a analisar conosco alguns aspectos da liderança, típicos do século XXI, na Era do Conhecimento.
Defendemos por aqui que as empresas que irão sobreviver a este século serão as que apresentam negócios inteligentes, ou podemos chamá-los de Smart Business.
Tais negócios, em nossa visão, estão suportados pelo tripé: Aprendizagem, Conhecimento e Inovação.
Era do conhecimento x Era industrial
Porém, há uma questão bastante relevante a ser considerada no início desta discussão, que é com relação às diferenças, reais ou não, do que estamos chamando de Era do Conhecimento para a até então vigente, Era Industrial.
Esta não é, nem de longe, uma discussão nova. Peter Drucker, já em idos dos anos 1960, começa a falar de uma nova sociedade, a do conhecimento.
Outra importante contribuição sobre o momento que vivemos no que se refere a pessoas, conhecimento e educação, em especial, nos é trazida por Dutra e Comini (2010, p.102):
Observa-se, também, que a volatilidade do conhecimento e da informação se acentuou na primeira década dos anos 2000, devendo-se acentuar cada vez mais no futuro. As pessoas se sentem desorientadas com esta volatilidade, sem saber como pensar seu desenvolvimento e como filtrar a enorme quantidade de conhecimentos e informações ao seu dispor.
Para que possamos trazer à luz das nossas discussões mais informações sobre as reais diferenças, ou não, entre a Era do Conhecimento e a Era Industrial, compartilhamos com você esta tabela. Caso você já tenha conhecimento da mesma, vamos apenas relembrar.
O que podemos destacar como itens principais desta tabela para você que é líder de pessoas?
a) O mundo apresenta-se bem mais complexo e veloz, como já discutimos brevemente.
b) A gestão da qualidade já está inserida na cultura da maioria das organizações, quem sabe você participou de algum programa de Qualidade Total, ainda no século passado.
c) O perfil de muitos do seu time mudou e certamente você já percebeu isso. Há um estímulo muito maior, em especial para as gerações mais jovens para que sejam empreendedoras.
d) O capital financeiro, embora continue extremamente relevante para o bom funcionamento da organização, já não garante diferenciais competitivos, pois “da noite para o dia” pode surgir uma startup, com muito menos dinheiro, mas com alto capital intelectual, e que poderá incomodar muito a sua empresa.
e) A questão das mudanças do organograma, você deve estar sentindo desde os tempos onde o downsizing era lei nas organizações “com excelência”.
f) Uma mudança relevante, também percebida por você, certamente, é na forma de gerir pessoas. Até meados do século passado reinava a ideia de policiamento e controle das pessoas e suas atividades, mas isso, hoje, não é mais necessariamente uma regra válida para todas as ocasiões.
Analisando estrategicamente o comparativo
g) Alinhamento estratégico sendo muito mais democrático, pelo menos em grande parte das empresas. Está aí um fator muito positivo destes novos tempos. Quem sabe você seja daquela geração em que o planejamento estratégico pertencia exclusivamente aos poucos “escolhidos e ungidos” pela alta administração.
h) Planejamento, controle, tomada de decisão e ações. Uma questão ainda controversa em muitas empresas, mas que precisa ser revista para que se ganhe a agilidade necessária para o século XXI. Não podemos cair no erro da anarquia na empresa, mas não podemos mais trabalhar com modelos autoritários e centralizadores.
i) Bons salários são valorizados, mas não são a garantia da motivação das pessoas, em sua maioria, é claro. Isso se explica pela pirâmide de necessidades de Maslow, ou seja, caso as necessidades primárias do ser humano estejam supridas, ou seja, ter o acesso à alimentação, saúde e segurança, as pessoas vão querer mais da empresa onde estão atuando e realmente faz todo o sentido.
Desenvolvendo as competências do time
A partir destas considerações, resta então o questionamento: você, enquanto líder, deve priorizar o desenvolvimento de que competências nas pessoas do seu time?
Para tentar lhe ajudar neste aspecto e não ficarmos no nível de subjetivismos e “achismos”, vamos partir de uma pesquisa global realizada pela PwC, ainda em 2015.
Cremos que esta pesquisa, guardadas as particularidades inevitáveis da sua organização, o momento econômico atual, a história etc., pode nos ajudar a definir um norte para nossa análise.
Percebe-se claramente que uma das competências chave a serem desenvolvidas, pelos líderes, não exclusivamente os CEOs, é o Pensamento Estratégico, ou seja, ter uma visão sistêmica e estratégica da cadeia de valores da organização e não somente da sua “ilha” (departamento/área).
Vale ressaltar também a relevância de gerir e adquirir talentos, muito em função dos aspectos que levantamos anteriormente com relação às diferenças da nossa era (do conhecimento) para a era anterior (industrial).
Continuando nossa análise sobre o que os CEOs consideram como capacidades críticas
Há outros aspectos extremamente relevantes que a pesquisa traz consigo como a capacidade de adaptabilidade, própria do ser humano, mas extremamente útil para o século atual. Todavia, não cremos ser necessário ater-nos a cada um dos aspectos trazidos pela pesquisa.
Voltemos agora o nosso olhar, para outro aspecto. Parece-nos fazer sentido falarmos também da arquitetura dos negócios inteligentes, ou seja, a forma como o seu modelo e seus processos estão estruturados.
Para iniciarmos esta reflexão com você, vamos a uma provocação.
Será que está vigente um novo modelo econômico, em que muitos novos negócios se apresentam baseados no compartilhamento?
Dados da PwC Brasil, em 2016, dão conta que a chamada Economia Compartilhada gerará, até 2025, US$ 300 bilhões em novos negócios.
Vamos analisar de forma breve, é verdade, mas de tal forma que possamos avaliar e decidir se é este tipo de negócio que queremos para as nossas empresas ou não, se isto faz sentido para a sua realidade ou não, se isto é efetivamente inovador ou não.
Economia Compartilhada ou Capitalismo de Plataforma?
Você, ou ao menos alguém que você conhece, já utilizou produtos ou serviços que podem ser considerados como “filhos” da chamada Economia Compartilhada, não é mesmo?
Estamos nos referindo a Uber, Cabify, Airbnb, Netflix etc., que se aproveitaram de alguns fatores, dentre outros, típicos do nosso século:
- Avanço significativo da tecnologia digital, móvel e internet.
- Visão de grande parte dos consumidores da atual geração de que “se podemos usufruir, para que ter?”.
- Visão ou conscientização dos consumidores de que os recursos naturais do nosso planeta são finitos.
- Crise mundial, a partir de 2008, que fez com que jovens, em especial, buscassem novas formas de gerar renda.
- Estímulo à criação de startups e seus novos modelos de negócio.
Trouxemos em outro momento uma análise sobre o comparativo entre Uber e Cabify, neste artigo!
Será que temos um novo modelo econômico?
Contudo, há um grupo de pesquisadores, em especial economistas, que não concordam, necessariamente, que tenhamos um novo modelo econômico:
Alguns pesquisadores não definem este modelo como economia de compartilhamento, mas sim como capitalismo de plataforma.” (Rafael Zanatta, Pesquisador do IDEC – Instituto de Defesa do Consumidor – na reportagem Avanços e dúvidas no caminho do compartilhamento. Revista CEO Brasil 2016 PwC).
Não vamos nos ater aqui, necessariamente, ao modelo econômico, visto que nossa preocupação hoje é focar nos aspectos da aprendizagem, do conhecimento e da inovação das empresas.
Naturalmente que isso envolve o modelo do negócio, sua cadeia de valores, dentre outros aspectos, mas não cabe avaliar os aspectos econômicos e sim se são arquiteturas de negócios inteligentes, na sua essência, ou não.
Contudo, será que esta forma de negócio impacta a sociedade?
Pois bem, o primeiro passo nesta análise é refletirmos seu o impacto na sociedade.
Terão trazido eles novas formas de relacionamento entre os atores da cadeia de valores, ou seja, empresários, acionistas, funcionários, fornecedores, clientes, governo?
Antes de dizermos SIM ou NÃO em uníssono, queremos trazer para a discussão um modelo que utilizamos como referência de gestão para nossos projetos e nosso dia a dia, ou seja, o MEG (Modelo de Excelência da Gestão) da FNQ (Fundação Nacional da Qualidade).
Por que estamos trazendo isto à tona?
Exclusivamente, porque consideramos que negócios inteligentes (Smart Business) são aqueles que conseguem cumprir, minimamente bem, todos estes fundamentos.
Assim, por exemplo, um negócio que não esteja preocupado com as partes interessadas (colaboradores, clientes, fornecedores, parceiros, governo e a sociedade que sofre seu impacto), não pode ser considerado um negócio inteligente.
Nestas condições, realmente temos que concordar com os pesquisadores citados anteriormente pelo Rafael Zanatta do IDEC: será que há uma Economia do Compartilhamento ou um Capitalismo de Plataforma, na maior parte dos novos negócios do século XXI?
Empresas tidas como “disruptivas” são essencialmente e necessariamente Smart Business?
Isso não quer dizer, de forma alguma, que não sejam negócios inovadores na sua essência, pois realmente mudaram a forma como nos relacionamos com diversos produtos ou serviços.
Contudo, serão eles negócios inteligentes, se levarmos em conta os fundamentos de excelência da gestão da FNQ?
Além do que, não podemos deixar de considerar o Fundamento Liderança Transformadora, que aparece também destacada no MEG, visto ser, por questões óbvias, do seu interesse enquanto líder.
Segundo a FNQ a atuação dos líderes de forma ética, inspiradora, exemplar e comprometida com a excelência, compreendendo os cenários e tendências prováveis do ambiente e dos possíveis efeitos sobre a organização e suas partes interessadas, no curto e longo prazos.
Muito disso, você já vive no seu dia a dia, não é mesmo?
Pois bem, feitas estas breves considerações, vamos falar de negócios inteligentes, propriamente ditos?
Caso você já tenha lido o artigo onde comparamos a inteligência corporativa da Uber e da Cabify, gostaríamos de relembrar você sobre as diferenças:
O que caracteriza um SMART BUSINESS
Já iniciamos esta fala com uma ressalva: esta é a nossa visão do mundo corporativo, não quer dizer que seja a única e nem que carregue a verdade absoluta da teoria da administração estratégica.
Podemos nos ater a três pilares, os quais devem, necessariamente, prover melhores soluções para as pessoas, a sociedade de uma forma geral e para o meio ambiente:
Aprendizagem
Capacidade da organização, qualquer que seja seu porte ou área de atuação, de aprender a aprender, de forma contínua, proporcionando um ambiente favorável a experimentação, revisão de paradigmas, criatividade e inovação.
Conhecimento
A organização tem a capacidade de criar, gerir e implementar novos conhecimentos, de forma contínua, baseado nas pessoas e tecnologia.
Inovação
Consegue-se inovar, ou seja, criar ou alterar algo já existente, de forma contínua e natural, visto que tal critério está no DNA da organização.
Liderança inteligente: Intelligent Leadership
Smart business carecem de líderes inteligentes e aptos a todas estas inovações e dinâmicas do mundo corporativo.
Além de todas as características já citadas o início deste artigo, pontuamos as cinco dimensões da liderança inteligente. Estas são: CONHECER, APRENDER, INOVAR, PRATICAR E SER.
Resumidamente, especificamos cada uma delas. Contudo, você pode acessar este conteúdo na íntegra, através deste link!
Conhecer
Desenvolver um pensamento sistêmico, algo que permita ver a floresta e não somente as árvores, mas também que possa ver o detalhe de cada árvore, a qual compõe a floresta. Além da liderança ter uma visão da teoria da criação do conhecimento e qual a sua importância para o processo de inovação contínua da empresa.
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Aprender
A era do conhecimento nos imprime o desafio de aprender a aprender e permitir que haja, de forma clara e inequívoca, organizações de aprendizagem ou organizações que aprendem.
Praticar
Gerar planos de ação, comunicá-los ao time, criar, ou ao menos incentivar para que se crie, ambientes de colaboração.
Inovar
Praticamente um imperativo da Era do Conhecimento, muito embora, o ato de inovar faça parte do ser humano desde os mais tenros momentos da sua existência, visto sua capacidade de evolução e adaptação às situações mais adversas do ambiente.
Ser
Aspecto mais básico do humano, o reconhecer-se como participante de um universo muito maior do que o “eu” e que tem talentos a serem desenvolvidos de forma contínua.
Como a Conducere Inteligência Corporativa© ajuda a formatar o seu Smart Business
1 – Hub de soluções com a metodologia ESMB© – Exclusive Modellig for Smart Business©
2 – Intelligent Leadership Conducere©: Programa de desenvolvimento de líderes para smart business
3 – Talk Shows Conducere©: Intelligent Leadership
Conheça e saiba mais sobre os títulos disponíveis:
– Intelligent Leadership: aprendizagem, conhecimento e inovação
– Intelligent Leadership: empresa como máquina e/ou cérebro
4 – Planos Smart Conducere©: planos inteligentes para empresas inteligentes
Onde sua empresa quer chegar, em aprendizagem, conhecimento e inovação, nós temos o plano adaptável para isso!
Innovatio
Empresas que querem adentrar no mundo da inteligência corporativa. Além de agregar tecnologias inovadoras aos seus processos.
Evolutio
Empresas que necessitam aprimorar os seus processos de inteligência corporativa organizados por um sistema otimizado.
Universum
Empresas que querem trabalhar com o que há de mais avançado em termos de inteligência corporativa para gerar inovação contínua e estruturar a sua Universidade Corporativa.
Enterprise
Empresas que já tenham um sistema de inteligência corporativa estruturado e precisam aprimorar seu processo de criação do conhecimento e da inovação contínua.
Agora, o que desejamos realmente é poder levar você e a sua organização a outros patamares de aprendizagem, conhecimento e inovação.
Temos uma série de soluções que, certamente, podem agregar muito valor e fazemos questão de partilhá-las com você.
Aguardamos o seu contato!
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Créditos
Artigo autoral: Jocelito André Salvador e Valeska Schwanke Fontana Salvador
Referências bibliográficas: todas as utilizadas estão expressas no texto no momento em que as mesmas são citadas.
Conducere©: material desenvolvido pelo time de criação/marketing.
Referências visuais: todas as utilizadas estão expressas na legenda no momento em que as mesmas são inseridas.