Alguém rejeita o poder transformador de uma boa conversa?
Quantas vezes o “não se envolver” prejudicou o atingimento das metas e dos objetivos estratégicos da empresa.
Quantos excelentes profissionais foram afetados em virtude de um mal-entendido?
O poder transformador do diálogo é o nosso tema nesta edição do Homines Formatam!
Olá caríssimo(a) líder inteligente!
Independentemente da sua idade, certamente conhece o “eterno guerreiro”, o Chacrinha, e sua célere frase:
quem não se comunica se trumbica!”
Não há como contestar o poder transformador que um diálogo traz para o ecossistema empresarial. Bem como, não há como negar o “tsunami” de infortúnios que sua falta pode causar.
Já conversamos, em outros momentos, aqui mesmo neste espaço do Homines Formatam sobre a necessidade de se comunicar.
Além disso, o dialogar de forma efetiva, é uma das funções primordiais da Liderança Inteligente.
Então, tendo como norteador este processo, que não é tão simples quanto parece, vamos conversar sobre o poder transformador que o diálogo tem em nosso ecossistema empresarial.
Quem nos ajudará nesta missão é a liturgia diária e a Exortação Apostólica: Evangelii Gaudium.
O poder transformador do diálogo no ecossistema empresarial
Estamos mais conectados do que nunca!
A informação flui, de forma veloz e dinâmica. Temos o apoio da internet e das redes sociais, que quebram as barreiras geográficas para levar a nossa mensagem.
Contudo, por mais que haja tanta informação disponível, por que há tantos ruídos e divergências de entendimentos no que se quis comunicar e no que foi entendido do que era preciso fazer?
O próprio Papa Francisco comenta sobre isso:
No mundo atual, com a velocidade das comunicações e a seleção interessada dos conteúdos feita pelos meios de comunicação social, a mensagem que anunciamos corre mais do que nunca o risco de aparecer mutilada e reduzida a alguns de seus aspectos secundários.” (EVANGELII GAUDIUM, 2014, pg. 31)
Será que estamos esquecendo de colocar os “filtros” em nossas pesquisas de conteúdo e não silenciamos antes de tomar uma decisão importante para nossas equipes e organizações?
Com tantas fake news, destruindo empresas, carreiras e pessoas, ainda não nos educamos na maneira de retransmitir uma informação.
Todavia, como o diálogo pode ter um poder transformador?
Nos tempos de Jesus havia uma tradição de que um anjo passava por uma piscina e suas asas tocavam a água. Então, o primeiro que entrasse na piscina era curado.
Essa informação foi passada através das gerações.
Pois bem, certo dia, Jesus foi até a piscina e encontrou um homem que há trinta e oito anos estava doente. Ele ia todo o dia até a piscina, mas ninguém o ajudava a chegar até a água.
Trazendo esta reflexão para nossas empresas.
Quantas vezes fazemos a mesma coisa, todos os dias, mesmo sabendo que não haverá o resultado que queremos.
Persistência e teimosia são atitudes próximas. Contudo, podem ser tóxicas a qualquer equipe, se não forem dosadas na medida certa.
Muitas organizações só percebem que algo não está de acordo no momento de analisar as pesquisas de clima e os resultados das metas traçadas.
Recentemente, trouxe para vocês o post: Sem equipe não adianta, a inovação não acontecerá! que trazia o case de um restaurante. Neste, a falta de diálogo naquele ecossistema organizacional estava fazendo com que a empresa pudesse vir a encerrar as suas atividades.
Torre de Babel em nossas empresas?
Outra história muito interessante na Bíblia é a da Torre de Babel. As pessoas queriam tocar o céu, mas pararam de se compreender e a torre ruiu.
Hoje, em virtude de muitos compromissos e atividades diárias, podemos deixar de ser claros com o que queremos.
Dessa forma, cada membro da nossa equipe compreenderá da sua forma o que dissemos. Esse “compreenderá” da sua forma, fará com que esta pessoa entregue a tarefa solicitada como imaginou que deveria ser entregue.
Esse espaço, que neste caso é propício ao subjetivismo, na melhor das hipóteses, apenas fará com que o liderado refaça o que havia sido pedido. Na pior, projetos inteiros, prazos e inovações serão impactados prejudicando diretamente as estratégias da empresa.
Exatamente por isso que defendemos que os times inteligentes e lideranças inteligentes, possuem um canal desobstruído de diálogo.
Como toda a conversa deve ser, é uma via de mão dupla.
Equipes high potential inovam a cada dia por saber o que a smart company espera delas, quais são as diretrizes estratégicas e como a inteligência corporativa ocorre.
Como iniciar um processo efetivo de diálogo nas organizações
Pode soar muito estranho, mas para começar um processo de diálogo é necessário conversar. Isso mesmo, oportunizar a troca de informações e experiências entre todas as pessoas.
Procedimentos básicos como os acima expostos, iniciam automaticamente mudanças e inovações em todo o ecossistema empresarial.
Além disso, podemos pensar na criação de comunidades de prática, grupos de discussão, comitês de promoção do conhecimento, estruturação da lifelong learning. Enfim, as possibilidades são muitas.
Todavia, antes de implantar qualquer coisa, conheça realmente sua empresa. Qual é o seu propósito e a sua missão.
Caso queira nossa ajuda, dispomos de um HUB de soluções para lhe apoiar e orientar.
Além disso, essa conversa pode ser facilitada com um modelo dialético muito assertivo, um Painel Interativo!
Conheça o nosso talk show sobre aprendizagem, conhecimento e inovação!
Desejo que meu objetivo de trazer a você um pouco mais sobre a importância e a necessidade do verdadeiro diálogo tenha sido atingido.
A propósito, caso não tenha lido ainda, acesse o artigo escrito pelo Jocelito: Procuram-se empresas inteligentes, que gerem igualdade para homens e mulheres
Fique no amor de Deus, Maria e José e até a próxima!
Créditos
Texto: Valeska S. Fontana Salvador
Imagem em destaque no Blog: Freepik.com