O Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos é comemorado dia 27 de setembro.
Sobre a doação de órgãos e tecidos
Qualquer pessoa pode doar órgãos, desde que concorde com a doação e que não prejudique a sua saúde. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, e da medula óssea ou parte do pulmão. De acordo com a legislação, parentes até o quarto grau podem ser doadores. Não parentes, somente com autorização judicial. Nos casos dos doadores falecidos, é preciso a constatação de morte encefálica, geralmente vítimas de dano cerebral irreversível, como traumatismo craniano ou acidente vascular cerebral (AVC), e é necessário o consentimento da família.
A rede brasileira conta com 27 Centrais Estaduais de Transplantes (todos os estados e Distrito Federal), além de Câmaras Técnicas Nacionais, 510 Centros de Transplantes, 1.113 equipes de Transplantes e 70 Organizações de Procura de Órgãos (OPOs). O controle do atendimento aos pacientes é realizado pelas Centrais Estaduais de transplantes, que mantém em seus cadastros todas as informações sobre compatibilidade e situação de saúde do paciente.
No ano passado, foram realizadas no Brasil 23.666 cirurgias de transplante de órgãos, sendo 95% dos procedimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde. Apesar do grande volume de cirurgias, a quantidade de pessoas à espera de um novo órgão ainda é grande. Ao todo, 41.236 pacientes estão cadastrados na lista SUS. Converse com sua família sobre seu desejo de doar órgãos e salvar vidas -apenas os familiares podem dar o aval da cirurgia.
Fonte: Ministério da Saúde
Retirado do site: http://hospitaldocoracao.com.br/dia-nacional-da-doacao-de-orgaos/
Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos: o que você precisa saber para salvar vidas
O Brasil tem motivos para comemorar: a rede pública de transplantes do país é uma das mais organizadas e eficientes do mundo, e o número de doadores cresceu desde que a legislação sobre o tema entrou em vigor, há cerca de 20 anos. Mas como tudo sempre pode melhorar, o país ainda tem o desafio de reduzir as filas que impõem a milhares de famílias o sofrimento da espera por um doador. Chegamos à marca de 16 doadores efetivos por milhão de habitantes (há duas décadas, ficava entre seis e sete doadores por milhão de habitantes), mas vislumbramos alcançar países como Espanha, Estados Unidos, Portugal e França, onde essa proporção dobra.
Falta de solidariedade e empatia? Medo? Preconceito? Nada disso. O que mais pesa na decisão de doar órgãos, segundo médicos e especialistas que atuam na rede de transplantes, é a falta de informação. Tire suas dúvidas sobre o tema e saiba como você pode salvar vidas.
O que é a doação de órgãos
É o ato de permitir que uma ou mais partes do corpo (órgãos ou tecidos) sejam retiradas de um paciente após a morte dele para que possam ajudar outras pessoas. No caso dos órgãos, o transplante precisa ser feito horas após o falecimento para que o funcionamento no receptor não seja inviabilizado. Em alguns casos, a doação também pode ser feita em vida.
Como ser doador
O ideal é manifestar a vontade de doar e informá-la à família. Não adianta deixar o desejo expresso por escrito nem um registro — mesmo gravado em vídeo ou declarado em uma rede social, por exemplo. A decisão final é dos familiares: são eles que definirão se e quais órgãos e tecidos serão doados.
Quando a doação é possível
Não é qualquer tipo de morte que viabiliza a doação. Para que os órgãos possam ser transplantados, é preciso que sejam retirados enquanto o coração ainda bate artificialmente — o que só é possível em casos de morte encefálica, quando todas as funções do cérebro param de maneira completa e irreversível. Essa é a definição legal de morte. Quando cessam todas as funções neurológicas, o organismo é mantido “funcionando” com a ajuda de aparelhos. Como ainda há uma pulsação e o corpo está quente, há dificuldade de os familiares entenderem que aquela pessoa efetivamente está morta, que se trata de uma situação irreversível. E a negativa familiar diante de situações como essa é a principal causa que impede a doação de órgãos. É por isso que, apesar do grande número geral de mortes, a quantidade de possíveis doadores é baixa.
Quem pode e quem não pode doar
Há critérios de seleção destinados a impedir que órgãos pouco saudáveis sejam utilizados em transplantes. A idade não costuma ser um deles: crianças e idosos podem ser doadores, assim como qualquer pessoa que tenha tido a morte encefálica confirmada. Mas a causa da morte e o tipo sanguíneo do doador, entre outros fatores, ajudam a definir quais partes de um corpo poderão ajudar outras pessoas. No Brasil, só há restrição absoluta à doação de órgãos por parte de pessoas com aids, com doenças infecciosas ativas e com câncer. No entanto, indivíduos com alguma doença transmissível podem doar para pacientes que tenham o mesmo vírus, como no caso das hepatites.
Retirado do site: http://dc.clicrbs.com.br/sc/estilo-de-vida/noticia/2017/09/dia-nacional-da-doacao-de-orgaos-o-que-voce-precisa-saber-para-salvar-vidas-9912506.html
Créditos
Textos: os sites dos quais os textos foram retirados na integralidade estão expressos em destaque no final de cada um.
Imagem em destaque no Blog: Google Imagens