Responsabilidade social nas empresas: inteligência ou utopia?

Há uma relação direta entre as Empresas Inteligentes, Humanas e Inovadoras com a responsabilidade social?

Falar e “fazer” ações de responsabilidade social parece ter virado moda para algumas empresas. Muito embora, na realidade não seja bem assim que acontece, nas suas práticas diárias.

Vamos refletir um pouco mais sobre isso?

Olá Pessoal!

Desejo que vocês estejam MUITO BEM!

Quando falamos de Pessoas como recursos: qual é o risco para as empresas do século XXI?, comentei que faria um novo post para completar o assunto.

Apenas para relembrar: algumas das ideias aqui tratadas foram abordadas na reflexão do Programa Café Filosófico do Instituto CPFL Energia, apresentado na TV Cultura.

Especificamente, estou me referindo à edição com o filósofo Franklin Leopoldo e Silva sobre ‘a ética necessária’.

Pois bem, meu desejo aqui é fazer uma breve reflexão sobre a relação entre as empresas inteligentes, humanas e inovadoras e a responsabilidade social destas organizações.

Empresas ‘boas samaritanas’ são de fato empresas inteligentes?

Quando nos referimos à responsabilidade social é comum nos referimos à ideia de sermos ‘bons samaritanos’. Esta referência foi feita inclusive pelo filósofo Franklin Leopoldo e Silva na sua exposição sobre ‘a ética necessária’.

responsabilidade social nas empresasApenas para relembrar, este termo, ‘bom samaritano’, vem da Parábola de Jesus Cristo na passagem do Evangelho segundo Lucas 10, 25-37.

De fato, há uma discussão, tanto a nível acadêmico, quanto no mundo corporativo, que não pode ser ignorada. Especialmente em nossos dias.

Um dos artigos mais instigantes sobre o assunto, que li nos últimos meses foi o intitulado ‘O principal erro da liderança corporativa‘. Este artigo foi publicado pela Harward Business Review e foi escrito por Joseph L. Bower e Lynn S. Paine.

Neste artigo BOWER e PAINE procuram avaliar o modelo de representação ou da agência. Tal teoria foi apresentada pelo economista Milton Friedman.

Vale a pena conferir este trecho do artigo:

As ideias básicas do modelo da representação, ou da agência, como também é conhecido, estão no famoso artigo de Milton Friedman publicado em 1970 pela New York Times Magazine, no qual ele critica veementemente a noção de “responsabilidade social” corporativa chamando-a de doutrina socialista. Friedman considera a propriedade da corporação pelos acionistas como uma dádiva. Ele afirma que “o gestor é o agente dos indivíduos que possuem a corporação” e vai além: “A responsabilidade mais importante do gestor é conduzir o negócio de acordo com a vontade dos donos”. Ele caracteriza o executivo como “um agente a serviço dos interesses daquele que aqui chamaremos de principal”.

Empresas como organizações para os sócios/acionistas ou com responsabilidade social para o conjunto de stakeholders

Ao avaliar este breve trecho. fica evidente que podemos considerar uma empresa inteligente sob dois aspectos distintos, conforme a nossa visão:

  1. A empresa que é inteligente, pois serve para gerar lucro para os sócios/acionistas.

2. A empresa que é inteligente, pois, além de gerar lucro para os sócios/acionistas, tem responsabilidade com a sociedade e seus stakeholders.

Aqui na Conducere defendemos que as empresas inteligentes são aquelas que, além de gerar lucro para os sócios/acionistas, têm responsabilidade social.

Quero dizer com isso, que a exemplo do que defendem BOWER e PAINE no artigo que foi apresentado, além da visão do filósofo Franklin Leopoldo e Silva, nós cremos que a empresa necessita ter responsabilidade social. Independentemente do seu faturamento, sua área de atuação, seu tamanho etc.

As empresas inteligentes têm responsabilidade social no seu DNA

Pegando emprestado o conceito de ‘modelo centrado na empresa’ citado por BOWER e PAINE, apresento aqui 08 pontos que são desenvolvidos pelos autores, no artigo da Harvard Business Review, e com os quais concordo plenamente.

1. As corporações são organizações complexas cujo funcionamento eficiente depende de líderes e gestores de talento.

2. As corporações só prosperam no longo prazo se forem capazes de aprender, adaptar-se e se transformar regularmente.

3. As corporações desempenham várias funções na sociedade.

4. As corporações têm objetivos diferentes e utilizam estratégias diferentes para atingi-los.

5. As empresas precisam criar valor para vários grupos de stakeholders.

6. As corporações precisam ter padrões éticos para guiar as interações com todos os stakeholders, incluindo os acionistas e a sociedade em geral.

7. As corporações estão mergulhadas num sistema político e socioeconômico cuja saúde é vital para que permaneçam sustentáveis.

8. Os interesses da corporação são distintos dos interesses de qualquer acionista, individual ou stakeholders.

Assim sendo, defendemos firmemente: as empresas inteligentes têm, necessariamente, a responsabilidade social, no seu DNA.

Necessitamos de novas empresas, com novos líderes e novos times: com responsabilidade social

Caso você concorde com a visão que estabelecemos aqui na Conducere, ou seja, que as empresas inteligentes têm, necessariamente, responsabilidade social, este convite é para você.

Como já deve ser do seu conhecimento, estabelecemos aqui a nossa missão: sua empresa inteligente, humana e inovadora.

Pensando nisso, temos vários eventos que acontecem na nossa CONFRARIA DO CONHECIMENTO.

Um que faço questão absoluta de destacar é o Painel Interativo sobre Smart Company: Porque você precisa ter uma.

Nossa ideia não é somente ficar no “mundo das ideias”. Você perceberá que uma das premissas deste evento é gerar ao menos uma equipe que deve desenvolver um projeto dentro da nossa CoP (Comunidade de Prática).

Isso porque necessitamos muito pensar em empresas mais inteligentes. Estas empresas tem lideranças inteligentes e também times inteligentes.

Aceita o convite para repensar a sua empresa e seus modelos mentais?

Fique com Deus!

Até breve!

Abraço.

Créditos:

Texto: Jocelito André Salvador

Imagem destacada: Freepik.com